Conheça nossa Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais. Um grupo de mulheres de diversas comunidades tradicionais que apoiam as mulheres no fortalecimento e empoderamento das lideranças femininas em Alagoas, Pernambuco e Bahia. Somos de Terreiros, da Jurema, de quilombos, ciganas, ribeirinhas, marisqueiras, todas com um só objetivo: fortalecer as ações e gestão das mulheres à frente de suas comunidades.
Novidades
Convite da APROFE
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No dia 24 de outubro às 18:30h teremos uma live especial no canal da APROFE @redeaprofe.
Nesta live vamos debater sobre as novas perspectivas para o paciente com a doença falciforme no SUS a partir da atualização do PCDT (Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas) da doença falciforme, que é o documento que guia os médicos sobre o diagnóstico e tratamento para os seus pacientes. Com a atualização deste documento, mais tratamentos estarão disponíveis para os pacientes.
Mas o que isso representa para os pacientes? É sobre isso que vamos conversar!
A live contará com os participantes:
Sheila Ventura Pereira – Coordenadora da APROFe @redeaprofe
Elvis da Silva Magalhães – Coordenador da ABRADFAL @abradfal
Dra Ana Cristina Silva Pinto – Formada em medicina pela FMRP-USP em 1999
Mestrado (2007) e doutorado (2011) em doença falciforme pela FMRP-USP. Membro da CAT-MS para doença falciforme de 2011 a 2019. Membro do GT – Secrec. Saúde de SP de 2018 até o momento. Coordenadora do Programa de Doença falciforme do HC- FMRP-USP DESDE 2010
Venha e convide mais pessoas para assistir com você!
Consulta Virtual para o Regulamento da Etapa Nacional da 17ª Conferência Nacional de Saúde
Faça suas contribuições no Formulário Online https://forms.office.com/r/7biWgtYVzQ
Atendendo ao disposto no Art. 20 do Regimento da 17ª CNS (Resolução 680, de 05 de agosto de 2022), o CNS coloca, em consulta, a proposta de Regulamento para a Etapa Nacional da 17ª Conferência Nacional de Saúde (17ª CNS), elaborada por sua Comissão Organizadora. A sociedade brasileira poderá participar da elaboração do documento através de consulta virtual, criada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Ao responder às perguntas do Formulário online, a sociedade brasileira poderá oferecer as suas sugestões pelo período de 13 de outubro a 12 de novembro de 2022.
Cada pergunta corresponde a um artigo ou a um parágrafo do Regulamento na qual a pessoa respondente poderá digitar a sua resposta:
A) Concordando com a redação original
B) Propondo mudanças na redação
C) Propondo acréscimos na redação
D) Propondo a exclusão do item
Após este prazo, as sugestões serão sistematizadas pela Comissão Organizadora da 17ª Conferência Nacional de Saúde e o documento será apreciado e aprovado, em caráter definitivo, pelo Pleno do CNS.
A Etapa Nacional da 17ª CNS, a ser realizada de 02 a 05 de julho de 2023, em Brasília, será a finalização de um processo de atividades preparatórias e conferências municipais, estaduais e livres em torno do tema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia”
Encontro sobre Saúde da População Negra antecederá o XIII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, da ABRASCO.

Em meio ao 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, organizado pela ABRASCO/Associação Brasileira de Saúde Coletiva, diferentes organizações e redes negras preparam-se para o debate sobre a promoção da equidade.
A articulação reúne os esforços de Aliança Pró-Saúde da População Negra, Criola, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, AME, ACMUN e Rede Nacional Lai Lai Apejo.
O Encontro de Saúde da População Negra deve fazer a defesa do Sistema Único de Saúde, chamando atenção para a ausência do debate sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (publicada pela Portaria 992 do Ministério da Saúde, em Maio de 2009 ) nas eleições de 2022.
Lideranças de movimentos sociais, pesquisadores, intelectuais, povo de santo, gestores e profissionais de saúde estão entre os esperados para o diálogo sobre a não implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e o impacto do racismo na saúde da população negra, com base no Manifesto em Atenção à Saúde da População Negra.
A atividade, coordenada por Jaqueline Soares e Raquel Souzas, do GT Racismo e Saúde da ABRASCO, acontecerá no dia 20 de novembro, no espaço sede do Congresso, em Salvador/Bahia.
Mobilização Pró-Saúde da População Negra

O segundo turno das eleições de 2022 e o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra estão chegando.
A partir do Manifesto em Atenção à Saúde da População Negra no Brasil, publicado em Abril de 2022, queremos ampliar a nossa mobilização em defesa do SUS, com especial atenção para a promoção da equidade enquanto resposta ao racismo e seu impacto na saúde da população negra brasileira.
Propomos uma intensa mobilização pelo país, em meio ao cenário político, com a realização de diferentes ações sincronizadas e diversificadas, sob condução de diferentes organizações, redes e movimentos para o diálogo entre a sociedade civil, intelectuais, gestores e profissionais de saúde, diante da necessária promoção da equidade.
Todas as contribuições são mais que bem-vindas (seminários, webinários, painéis, fóruns, rodas, debates, etc) e para a divulgação de cada uma das atividades, solicitamos que preencham o formulário disponível aqui informando qual será a sua contribuição.
Confira abaixo algumas das atividades que irão acontecer pelo país:
Araraquara
Palestra
Tema: Banzo – Depressão Psicológica
Organização: Terreiro”Caboclo Girador das Matas e Vovó Cambinda”
16/10/2022, 19h00
Palestrante convidada: Dra Claudete Ap Defavere – psicóloga e Mãe Sílvia de Xangô Organização: Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/Araraquara Endereço: Presencial – local: Rua José Rodrigues, 642, Vila Xavier – Araraquara.
Mais informações: negrahara2@hotmail.com
São Paulo – SP
Seminário
Tema: A representatividade como forma preventiva da saúde da população negra
Organização: Bem Me Quero
Dia 27/10/2022, 17:00
Online – Link: Google Meet
Mais informações: rosangelanascto615@gmail.com
São Paulo – SP
Ocupação da internet em atenção à saúde da população negra
Tema: Democracia e Saúde
Dia 29/10/22, 14h
Organização: Aliança Pró-Saúde da População Negra, Criola, AME/Ação de Mulheres pela Equidade, ACMUN/Associação Cultural de Mulheres Negras, APROFE/Associação Pró-Falcêmicos, Marcha das Mulheres Negras, MNU/Movimento Negro Unificado, OGBAN, Produção Preta, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/RENAFRO e Rede Nacional Lai Lai Apejo.
Convidados: ativistas, lideranças de movimentos sociais, organizações e redes negras com atuação na área de saúde, lideranças de religiões afro-brasileiras, pesquisadores, intelectuais, gestores e profissionais de saúde.
On-line: canal da Aliança Pró-Saúde da População Negra – Youtube
Senhor do Bonfim – Bahia
Atividade de Educação e Saúde na Comunidade Quilombola do Alto da Maravilha em Senhor do Bonfim
Tema: Saúde Negra Importa
Organização: Coletivo Negritude em Movimento.
Dia 27/10/22, 08h30
Convidados: comunidade, profissionais da saúde, Samba de lata do Tijuaçu, Espaço de Beleza Autoestima Giga Leite.
Presencial – Local: Centro Social Urbano (CSU)
Mais informações: tayanasa4@gmail.com
Feira de Santana – Bahia
Seminário
Tema: Doença Falciforme
Organização: Associação Feirense de Pessoas com Doença Falciforme
Dia 27/10/2022, 17h00
Convidados: Representantes de Associações, do governo e população em geral.
Presencial – local: Universidade Estadual de Feira de Santana
Mais informações: josimeireas@gmail.com
A política de saúde da população negra segue ausente no processo eleitoral de 2022.
Nos diz o Manifesto em Atenção à Saúde da População Negra no Brasil, publicado em abril de 2022, que “é urgente a busca pela garantia e efetivação do direito humano à saúde integral, universal e equânime, considerando a importância da promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças, riscos e agravos transmissíveis e não-transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência na população negra, conforme as diretrizes nacionais estabelecidas pela portaria do Ministério da Saúde n.º 992/2009, o Estatuto da Igualdade Racial, em seus artigos 7º e 8º da Lei 12.288/2010, e ainda constatados no documento VIGITEL Brasil 2018 População Negra: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, publicado em 2019.
Com essa perspectiva, o XIII Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra recebeu o Professor Dr. Hilton Silva da Universidade Federal do Pará, para dialogar sobre “racismo e saúde da população negra nas eleições de 2022”.
Conheça a página da Aliança Pró-Saúde da População Negra no Instagram
Repúdio

São Paulo, 08 de Outubro de 2022.
O Estado brasileiro tem nos matado a cada dia mais um pouco, de diferentes e complexas formas. O não acesso da população negra à bens, recursos e serviços, evidencia o racismo e isso impacta a saúde pública, digna e de qualidade, que tanto defendemos na constituinte.
As práticas racistas abomináveis ocorrem diariamente, nos diferentes âmbitos da sociedade, o que demanda atuação contínua e mobilização constante. Diante do exposto, em sua III Assembleia Geral Ordinária, realizada na tarde hoje, a Aliança Pró-Saúde da População Negra, rede criada em 2018 em defesa do SUS e da saúde da população negra brasileira, manifesta seu repúdio ao governo de Jair Bolsonaro, em função do desmonte do SUS, bem como a transferência dos recursos da saúde pública e da educação para o orçamento secreto.
Geralda Marfisa
Em nome dos Associados e Associadas da Aliança Pró-Saúde da População Negra – III Assembleia Geral Ordinária
Outubro Negro na USP!

O Outubro Negro é um ciclo de eventos organizado pelo Coletivo Negro Carolina Maria de Jesus e o Departamento Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da USP, com apoio de sua Comissão de Cultura e Extensão e do Centro Universitário Maria Antonia da USP. Ocorre anualmente desde 2018 com o objetivo de discutir as condições de vida e saúde da população negra, bem como os efeitos do racismo e a luta antirracista no Brasil.
A edição de 2022 tem como foco os saberes, cuidados e ativismos negros e como homenageada Sueli Carneiro, filósofa e ativista antirracismo.
Todas as atividades são presenciais, gratuitas, abertas a qualquer pessoa interessada e com direito a certificado.
03/10 (segunda-feira) – Auditório Paula Souza (FSP-USP)
17h30 às 18h30 – Apresentação artística de abertura: Sarau Jongado
Com Comunidade Cultural Quilombaque.
19h às 21h – Raça, classe e território: questões para a saúde mental
Com Carlos Vinícius Gomes de Melo (pós-doutorando do Instituto de Psicologia da USP) e Estefânia Ventura (enfermeira do Coletivo Kilombrasa, voltado para a luta antirracista nas práticas do SUS).
13/10 (quinta-feira) – Centro Universitário Maria Antonia
17h30 às 20h30 – Minicurso Decolonizando a pesquisa acadêmica: uma perspectiva negra e interseccional
Com Sulamita Rosa, pedagoga e doutoranda em Educação e Ciências Sociais pela USP.
17/10 (segunda-feira) – Auditório Paula Souza (FSP-USP)
19h às 21h – Palestra Epistemologia de terreiro
Com Sidnei Nogueira, doutor em Semiótica e Linguística Geral pela USP, babalorixá e pensador preto decolonial.
20/10 (quinta-feira) – Centro Universitário Maria Antonia
19h30 às 21h – Roda de conversa Estéticas e imaginários pretos: artes, políticas e saúde
Com Allan da Rosa, escritor, historiador e doutor em Educação pela USP.
24/10 (segunda-feira) – Auditório Paula Souza (FSP-USP)
19h às 21h – Roda preta: Intelectualidade e ativismo de Sueli Carneiro
Com Sueli Carneiro, filósofa e doutora em Educação pela USP.
Locais:
Faculdade de Saúde Pública da USP
Av. Dr. Arnaldo 715 (Metrô Clínicas)
Centro Universitário Maria Antonia (USP)
R. Maria Antônia 258/294 (Metrô Higienópolis Mackenzie ou Santa Cecília)
Realização: Coletivo Negro Carolina Maria de Jesus e Departamento Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade
Apoio: Comissão de Cultura e Extensão Universitária (Ccex/FSPUSP) e Centro Universitário Maria Antonia (USP).
É necessário o uso de máscara nas dependências da FSP-USP!
Para mais informações: coletivonegrofsp@gmail.com
Redes sociais: @coletivonegrofsp (Instragram) e Coletivo Negro FSP/USP (Facebook)
Aliança realizará sua III Assembleia Geral Ordinária nesse mês de Outubro. Confira aqui o edital.

O XIII Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra vai dialogar sobre “racismo e saúde da população negra nas eleições de 2022” com Hilton Silva.

Em artigo publicado no NEXO, em Maio do ano corrente, Silva e Monteiro nos informam que “diante da enorme disparidade étnico-racial prevalente no país, é fundamental que os partidos políticos e seus candidatos e candidatas aos governos federal, estaduais e ao legislativo, em suas plataformas e programas de gestão, assumam publicamente o compromisso de lutar contra o racismo institucional e pelo conjunto das políticas e ações afirmativas. É urgente que a sociedade brasileira garanta a efetivação do direito humano à saúde integral, universal e equânime, considerando o impacto da promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças, riscos e agravos transmissíveis e não-transmissíveis na população negra, conforme as diretrizes nacionais estabelecidas pela portaria n. 992/2009/MS e o Estatuto da Igualdade Racial.”
Para dialogar sobre o tema, o XIII Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra, tem como convidado o Prof. Dr. Hilton Silva. A atividade acontece na quinta-feira, dia 22 de Setembro, às 19h30, na plataforma Zoom Meeting.
Hilton P. Silva é médico e bioantropólogo, membro da Coordenação do GT Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, da Sessão Temática de Saúde da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) e colaborador da Aliança Pró-Saúde da População Negra.
Mais informações: observatoriopopnegra@gmail.com
Chame os demais e participe!
A epidemia de aids tem outro peso para as pessoas negras vivendo com HIV
A epidemia de HIV reúne reivindicações históricas, acordos, financiamento considerado insuficiente, projetos, políticas e programas que foram alterados ao longo dos anos. O processo histórico nos provoca a reflexão sobre o avanço tecnológico em um cenário mundial, ao mesmo tempo em que as desigualdades assimétricas, entre brancos e negros vão sendo acentuadas.

Aqui, as pessoas vivendo com aids e particularmente as declaradas como negras, experimentam diferentes situações no acesso ao Sistema Único de Saúde no Brasil, embora a epidemia seja considerada epidemiologicamente concentrada entre os jovens gays, de maioria declarada como de cor branca, segundo os dados oficiais.
A Aliança recebeu na primeira semana de Setembro, o Prof. Dr. Lucas Pereira de Melo, da USP Ribeirão Preto, e ativista da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS durante o XII Encontro da Rede Pró-Saúde, para dialogar sobre “Raça e racismo na experiência de pessoas negras que vivem com HIV/AIDS”.
O encontro, disponível no Youtube, pode ser visualizado em https://youtu.be/QIaQ4P6KdGs
Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra

Outubro está chegando.
A partir do Manifesto em Atenção à Saúde da População Negra no Brasil, publicado em Abril de 2022, queremos ampliar a nossa mobilização em defesa do SUS, com especial atenção para a promoção da equidade enquanto resposta ao racismo e seu impacto na saúde da população negra brasileira.
Propomos uma intensa mobilização pelo país, em meio ao cenário político, com a realização de diferentes ações sincronizadas e diversificadas, sob condução de diferentes organizações, redes e movimentos para o diálogo entre a sociedade civil, intelectuais, gestores e profissionais de saúde, diante da necessária promoção da equidade.
Todas as contribuições são mais que bem-vindas (seminários, webinários, painéis, fóruns, rodas, debates, etc) e para a divulgação de cada uma das atividades, solicitamos que preencham o formulário disponível em https://bit.ly/3QC1BJN informando qual será a sua contribuição.
Projeto Juventude e Cultura Periférica
O CEMJ, em parceria com a UNEGRO e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, lança o projeto “Juventude e Cultura Periférica: Trabalho e Cidadania”.
São 10 disciplinas gratuitas e on-line que tratam de temas relacionados à juventude, trabalho, cultura periférica e cidadania. O Projeto tem o objetivo de fomentar a liderança dos jovens em projetos sociais, engajamento comunitário e associativismo, para ampliar o acesso a empregos decentes e atuação dos jovens no desenvolvimento sustentável dos territórios.
Confira em Youtube: https://youtu.be/f1f6I12qtEE ou
No Facebook: https://www.facebook.com/297632290320947/posts/5546192072131583/
NOTA TÉCNICA N. 27: Desigualdades raciais na saúde: cuidados pré-natais e mortalidade materna no Brasil, 2014-2020
17 DE AGOSTO DE 2022
Desigualdades raciais em saúde persistem no país e mulheres negras têm piores indicadores de acesso ao pré-natal bem como maiores taxas de mortalidade materna durante a gestação, parto e puerpério
Rony Coelho, Pesquisador de Economia da Saúde – IEPS
Matias Mrejen, Pesquisador de Economia da Saúde – IEPS
Jéssica Remédios, Analista de Políticas Públicas – IEPS
Gisele Campos, Assistente de Pesquisa – IEPS
RESUMO EXECUTIVO
Desigualdades raciais em saúde persistem no país e mulheres negras têm piores indicadores de acesso ao pré-natal bem como maiores taxas de mortalidade materna durante a gestação, parto e puerpério. Ocorreram melhorias incrementais nos cuidados pré-natais de 2014 a 2019, o que apontava para a redução do diferencial entre gestantes negras e brancas. Contudo, parte dos ganhos desse período foram perdidos com a pandemia. Na média do período de 2014 a 2019, houve aproximadamente 8 mortes maternas a mais de mulheres negras do que de mulheres brancas para cada 100 mil nascidos vivos. A Razão de Mortalidade Materna (RMM) apresenta maiores valores para as mulheres pretas em todas as regiões, se comparadas às pardas e brancas durante a gestação, parto e puerpério.
Para reduzir as desigualdades raciais nos indicadores de acesso a cuidados pré-natais e as taxas de mortalidade materna é preciso fortalecer a Atenção Básica, programas relacionados à saúde da mulher e gestante bem como a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que contempla diretrizes para garantir um olhar específico para a saúde de mulheres negras.
Indicação de leitura
A crueldade da atual Pnab e do orçamento secreto para a saúde da população negra
Hilton P. Silva*
FOTO: DIEGO VARA/REUTERS
O SUS (Sistema Único de Saúde) tem como princípios fundamentais a universalidade (todos têm direito à saúde), a integralidade (todos têm direito a promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, em todos os níveis de atenção e serviços) e a equidade (todos têm direito a acessar e usar o sistema, sem qualquer tipo de discriminação, preconceito, de acordo com suas necessidades e das suas comunidades). Como disse Sérgio Arouca, um dos seus fundadores, o SUS é um ato civilizatório na história do Brasil.
Porém, desde sua instituição, em 1990, a consolidação do SUS tem enfrentado inúmeros desafios. Os mais recentes são a última versão da Pnab (Política Nacional de Atenção Básica, portaria MS n. 2436/2017), chamada de “Nova Pnab”, a Emenda Constitucional 95, que prevê o congelamento de gastos públicos por 20 anos, o programa Previne Brasil, instituído pela portaria n. 2972/2019, e o chamado orçamento secreto. Todos avançam no processo de desmonte do SUS, na contramão dos princípios constitucionais
Hilton P. Silva é médico e bioantropólogo, docente da UFPA (Universidade Federal do Pará) e da UNB (Universidade de Brasília), membro da Coordenação do GT Racismo e Saúde da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), da Sessão Temática de Saúde da ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) ) e colaborador da Aliança Pró-Saúde da População Negra.
*Médico e Bioantropólogo, docente da UFPA (Universidade Federal do Pará) e da UNB (Universidade de Brasília), membro da Coordenação do GT Racismo e Saúde da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), da Sessão Temática de Saúde da ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) e colaborador da Aliança Pró-Saúde da População Negra.
Acesse aqui e leia o artigo © 2022 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida.
Indicação de leitura
“Em busca de uma nova Atenção Primária em Saúde”
A poucos meses de possível virada política, avança esforço para resgatar uma estratégia essencial ao SUS – porém diminuída pelo “teto de gastos”. Seminário da Abrasco revela efeitos devastadores do PNAB, imposta em 2017.
Questões Climáticas e Saúde da População Negra é uma importante agenda política para o Brasil atual, concluem os participantes do XI Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra.
O racismo tem sido um fator determinante dos modos de nascer, viver e morrer da população negra brasileira, que é a maioria. A promoção da saúde está inserida na perspectiva de modelo de atenção que busca o bem viver.

Dando continuidade às atividades para Mobilização Pró-Saúde da População Negra, o XI Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra recebeu a Professora Angela Brito para dialogar sobre as “Questões climáticas e o impacto do racismo na saúde da população negra”.
O XI Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra foi gravado e pode ser acessado em duas partes. Na primeira, contextualizamos o tema, analisando o processo histórico. Assista em: https://youtu.be/wq0twNa6MfY
E na segunda parte do encontro, pudemos dialogar sobre as implicações a ele relacionadas, a partir de uma análise global. Assista em https://youtu.be/e-r04tO7w94
Boas novas!
Iniciamos o mês de Setembro intensificando o debate sobre saúde da população negra no Brasil. A Aliança passou a colaborar com o Portal Áfricas, publicando conteúdos relacionados ao tema, para ampliar o debate, de forma a alcançar a todas as pessoas e instituições com atuação na área ou interesse no tema. Espera-se que esse seja um espaço ocupado coletivamente, com notícias de todos os cantos, para que as pessoas acessem informações importantes para a sua realidade.
Conheça o portal em: www.africas.com.br
O XII Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra vai discutir “raça e racismo na experiência de pessoas negras que vivem com HIV/AIDS”

A epidemia de HIV reúne reivindicações históricas, acordos, financiamento considerado insuficiente, projetos, políticas e programas que foram alterados ao longo dos anos. O processo histórico nos provoca a reflexão sobre o avanço tecnológico em um cenário mundial, ao mesmo tempo em que as desigualdades assimétricas, entre brancos e negros vão sendo acentuadas. Aqui, as pessoas vivendo com aids e particularmente as declaradas como negras, experimentam diferentes situações no acesso ao Sistema Único de Saúde no Brasil, embora a epidemia seja considerada epidemiologicamente concentrada entre os jovens gays, de maioria declarada como de cor branca, segundo os dados oficiais.
Para conversar sobre “Raça e racismo na experiência de pessoas negras que vivem com HIV/AIDS”, o XII Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra vai dialogar com o Prof Dr. Lucas Pereira de Melo, da USP Ribeirão Preto.
Quinta-feira, dia 08 de Setembro, 19h30.
Não perca e chame os demais!
A meteorologista Angela de Brito é a convidada da Aliança para o diálogo sobre as “Questões climáticas e o impacto do racismo na saúde da população negra”

Há exatos 50 anos – 1972 – realizava-se em Estocolmo, capital da Suécia, a primeira grande reunião de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas (ONU) para discutir as questões relacionadas à degradação do meio-ambiente. Quando falamos de mudanças climáticas e dos padrões sustentáveis de desenvolvimento, fazemos uma ligação direta da maneira pela qual estamos nos desenvolvendo e os processos de desenvolvimento utilizados.
Há exatos 50 anos – 1972 – realizava-se em Estocolmo, capital da Suécia, a primeira grande reunião de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas (ONU) para discutir as questões relacionadas à degradação do meio-ambiente. Quando falamos de mudanças climáticas e dos padrões sustentáveis de desenvolvimento, fazemos uma ligação direta da maneira pela qual estamos nos desenvolvendo e os processos de desenvolvimento utilizados.
Para tanto estabelece-se plataformas a serem atingidas pelos países, sendo a mais atual os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” que no 13o objetivo (“Ação contra a mudança global do clima”) ‘ressalta’ a necessidade de tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos – para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima; que é uma das premissas da políticas do ‘BEM VIVER’ na ação construída a partir do Manifesto da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver (2015). Nesse contexto, o racismo tem sido um fator determinante dos modos de nascer, viver e morrer da população negra brasileira, que é a maioria, e a promoção da saúde está inserida na perspectiva de modelo de atenção que busca o bem viver.
Dando continuidade às atividades para Mobilização Pró-Saúde da População Negra, o XI Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra será dedicado ao diálogo sobre “Questões climáticas e o impacto do racismo na saúde da população negra” via plataforma zoom meeting.
Seja bem-vindo(a) ao diálogo!
Questões Climáticas e o impacto do racismo na saúde da população negra -XI Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra
Hora: 1 set. 2022 19:30 São Paulo
Mais Informações: observatoriopopnegra@gmail.com
Segue a Mobilização Pró-Saúde da População Negra no país, em defesa do SUS.

A Atenção Primária é um dos temas mais caros ao sistema de saúde no Brasil. É a porta de entrada e ordenadora do cuidado em rede, sempre exaltada, que enfrenta dilemas contínuos oriundos do subfinanciamento do SUS.
Com vínculos precários, telemedicina, diferentes modelos de cuidado, entre outros desafios, a relação da comunidade com a Unidade Básica de Saúde tem sido objeto de grandes debates, documentos e políticas, por vezes marcadas pelas necessidades em saúde e as chamadas inovações tecnológicas que flertam diariamente com os modelos originalmente desiguais de atenção e assistência em saúde.
Para ampliar o debate sobre a qualidade da atenção, o X Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra, por meio da plataforma zoom meeting, acontecerá na próxima quinta-feira, 25 de agosto de 2022, às 19h30, com a participação de Rita Helena Espirito Santo Borret, do GT de Saúde da População Negra/SBMFC – Sociedade Brasileira.
Precisamos nos aquilombar!!!
Atenção Básica e Racismo é o tema do IX Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra
Dia 18 de Agosto, o IX Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra, conduzido pela Aliança, discutirá o tema “Atenção Básica e Racismo: por uma questão de equidade”.

O Encontro da Rede Pró-Saúde da População Negra tem sido um importante espaço de diálogo em atenção à Mobilização Pró-Saúde da População Negra, que concentra uma ampla diversidade de saberes e posturas políticas no campo do enfrentamento ao racismo.
Essa roda virtual será conduzida pelo Babalorixá Celso Ricardo de Oxaguian, e terá como convidados o médico psiquiatra Dr Maicon Nunes, Mestre em Gestão de Políticas Públicas pela FGV, que atua na rede psicossocial da zona leste de São Paulo, militante do MNU e a médica pediatra referência em anemia falciforme, aposentada no Ministério da Saúde, Dra Joice Aragão.
Anote na agenda: dia 18 de agosto, a partir das 19h30. O encontro acontecerá dia 18 de agosto, 19h30, via zoom meeting.
Mais informações: observatoriopopnegra@gmail.com
No mês de Abril, lideranças de movimentos sociais, povo de santo, intelectuais, gestores e profissionais de saúde se reuniram, em busca de equidade no SUS. Você viu?

O manifesto é composto de dois documentos:
A Carta Aberta à População Brasileira chama atenção da sociedade para a participação popular como um direito constitucional e princípio do SUS, previsto nas leis 8.080 e 8.142 de 1992. Ninguém pode impedir a população de participar do processo de definição e acompanhamento das políticas públicas de saúde, e isso inclui os Conselhos formados em cada uma das unidades de saúde estabelecidas em todo o território nacional.
A “Carta aos Candidatos às eleições estaduais e federal de 2022” vai mais além: o conjunto dos desafios reúne a ausência de ações, projetos, programas e ações para promoção da equidade em saúde, na maioria dos Estados brasileiros. A pandemia de COVID-19 acentuou esse processo de tal forma que a população negra foi a mais impactada com a crise sanitária.
Em Maio, diversas organizações e pessoas organizaram-se em todo o território nacional para discutir a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra a partir de suas realidades. Foram inúmeras atividades em todo o país, que envolveram novamente as lideranças de movimentos sociais, gestores e profissionais de saúde. De uma forma geral, “a Política parece dormir nas gavetas do Estado brasileiro e não é à toa, segundo o projeto genocida que segue em curso nesse país” afirma Ogan Jobison, do Àse Igbin de Ouro.
A Política Nacional de Atenção à Saúde Integral da População Negra foi implantada pelo Ministério da Saúde em Maio de 2009, pela Portaria 992. No entanto, é preciso mobilização, participação e controle social, tal como o compromisso do Estado brasileiro, em busca da efetividade da política nos Estados e municípios, pois, a condução das ações é de responsabilidade das três instâncias de governo.
Conheça e assine o Manifesto em https://aliancaprospn.org/brasil
Entre inúmeras atividades o Congresso dos Secretários debateu o tema saúde da população negra no Brasil.
Entre Junho e Julho, a Mobilização ganhou mais fôlego. Várias atividades foram realizadas de forma remota ou presencial, no país todo, envolvendo novamente diferentes atores.

Entre as atividades, destaca-se a realização do XXXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde/CONASEMS, em Julho, com uma mesa redonda sobre saúde da população negra, que foi coordenada pelo Prof. Dr. Luís Eduardo Batista/GT Racismo e Saúde – ABRASCO.
Leia mais aqui.