O ano de 2023 começou na Aliança com planejamento em defesa do SUS!

Entre os dias 27 e 28 de janeiro a Aliança realizou a sua Oficina Anual de Planejamento. A atividade buscava ampliar as articulações e fortalecer as lideranças da sociedade civil, para o  desenvolvimento de ações contínuas em defesa do SUS, com especial atenção para as políticas públicas em atenção à saúde da população negra no Brasil. 

O encontro privilegiou a importância do contexto e dos territórios em que as lideranças atuam, suas necessidades, os diferentes níveis de articulação que envolvem esse processo, os métodos usados no campo do advocacy, e a necessária incidência política. 

Convidada ao debate sobre a atual conjuntura política, Ebomi Altamira Simões da Rede Lai-Lai Apejo, que compõem o Conselho Nacional de Saúde informou que “o Conselho Nacional de Saúde tem se posicionado bravamente diante do desmonte do SUS ao longo dos últimos quatro anos, e a Frente Pela Vida tem sido uma importante parceria nesse processo. Mas é preciso que a gente vá além, mobilizando os demais”.

Para Mãe Karem de Oxum, Co-fundadora da Aliança, a quem coube as boas vindas ao evento que foi realizado on-line, “é preciso compromisso com a saúde da população negra.”

O encontro reuniu seus fundadores, membros e parceiros com atuação na Capital, na Baixada Santista, no Alto Tietê e no Interior de São Paulo, para definirem os caminhos a serem tomados, a partir do cenário em que atuam, por isso a atividade ocorreu olhando para a “sustentabilidade da resposta ao racismo e seu impacto na saúde da população negra desde a base”. 

“A Aliança é uma referência importante para todos nós, basta ver que reúne uma densa capacidade para organização da comunidade no campo da saúde da população negra, já no seu nome” segundo Renato Azevedo, um de seus associados fundadores, que atua na Baixada Santista.

No centro do debate estavam a mobilização popular; o controle social das políticas públicas, a importância dos conselhos de saúde e os demais espaços de participação e controle social; a atuação do Ministério da Saúde que ainda não definiu o lócus da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; o silêncio do atual governo do Estado de São Paulo e a ausência de ações, políticas e programas nessa área específica, nos municípios. 

“Nós temos datas importantes aqui, mas não temos políticas para saúde da população negra”, declarou Kadmiel Henrique, do Movimento LGBT, que compõem o Conselho Municipal de Igualdade Racial de Hortolândia.    

De forma geral, a rede avançou, ampliando suas articulações com lideranças de organizações e redes de diferentes movimentos socais, que aprofundaram o debate sobre os desafios emblemáticos que marcam a sustentabilidade das ações, sobretudo no campo do fortalecimento das “organizações de base” que ainda vivenciam o impacto da COVI-19 na prática. “Esse foi um momento pensado pela Aliança, já lá trás, e nós conseguimos chegar até aqui, agora temos que avançar” segundo Geralda Marfisa, Diretora Executiva da Aliança.

Autor: Aliança Pró-Saúde da População Negra

A Aliança Pró-Saúde da População Negra desde 2018 vem se organizando para o enfrentamento do racismo, mobilizando lideranças de diferentes coletivos negros e organizações, estudantes, pesquisadores, profissionais de saúde e afins, atenta à necessidade de políticas efetivas em atenção à saúde da população negra, no país, no Estado e no município de São Paulo.

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